quarta-feira, 28 de julho de 2010

Quanta contradição... quanto desperdício de papel...

Fico impressionado com certas coisas. Enquanto o governo, de um lado, institui a Nota Fiscal eletrônica usando como argumento, entre outros, a diminuição do consumo de papel, do outro lado implanta a Portaria 1.510, do Ministério do Trabalho e Emprego, que determina como deve funcionar os registradores eletrônicos de ponto (os relógios de ponto), colocando como uma das normas a impressão de comprovantes a cada marcação do funcionário.


O objetivo do MTE, em tese, é nobre e plenamente compreensível, já que muitas empresas do país deixam de pagar o que é de direito dos funcionários. Com o ponto eletrônico, o governo pretende melhorar o controle da fiscalização e evitar fraudes contra os trabalhadores.

Porém, imaginem a quantidade de papel que precisaremos guardar ao longo do tempo. Se, cada vez que fizermos alguma marcação de ponto, guardarmos um comprovante em papel, teremos um bolo enorme no final do mês. 4 comprovantes por dia: chegada, almoço, retorno do almoço e saída. Se considerarmos que temos aproximadamente 20 dias úteis por mês, temos cerca de 80 comprovantes no período. Ou seja, no final de um ano guardaremos aproximadamente 960 comprovantes.

Agora vamos pensar em uma empresa de 150 funcionários. Em um ano, serão 144.000!!! É MUITO PAPEL!! Deve haver uma maneira mais ecológica de se melhorar a fiscalização. Concordo plenamente com o fato de que o trabalhador deve ser protegido contra fraudes no controle da jornada de trabalho, mas as árvores e o meio ambiente não têm nada a ver com isso.

3 comentários:

Lucio Amorim disse...

Imagine a quantidade de papel durante 1 ano, a quantidade árvores, a logística (emissões de carbono) relacionadas à produção e entrega dessas bobinas... Incrível!

Anônimo disse...

Já temos tantos papéis prá guardar e agora mais estes! O autor da idéia certamente não a submeteu à avaliação das empresas e dos trabalhadores(através dos seus representantes), principais interessados...

André Pernambuco disse...

Com certeza! É muito papel... em pleno século 21 e no auge da discussão sobre o aquecimento global.

Grande parte dos empresários, sindicatos e trabalhadores rejeita totalmente a Portaria. Agora só nos resta esperar e ver no que vai dar.

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