segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Retrospectiva 2010: o ano mais bizarro

Nunca imaginei, em toda minha vida, que tantas coisas pudessem acontecer em um espaço tão curto de tempo. Bizarro! Um início trágico e um final feliz. Para muitos pode parecer conto de fadas, mas para mim foi bem real (até porque de fada eu não tenho nada, talvez me assemelhe mais a um duende, mas isso é outra história).

Logo após o carnaval, eu e minha família tivemos que sair do apartamento que vivíamos faziam 7 anos. É impressionante o quanto o preço dos aluguéis aumentaram no Rio de Janeiro, um verdadeiro absurdo. Eu ainda era estagiário e ganhava como tal. Todo o processo de mudança foi trágico. Tivemos que nos desfazer de muitos pertences, já que morávamos em um apartamento enorme, com três quartos grandes, muitos armários e passamos para um “apezinho” de dois quartos e sem nenhum armário. Ainda bem que pudemos nos mudar pra lá. Se não fosse esse imóvel (de propriedade da minha avó), não teríamos para onde ir, já que a única renda da casa era meu salário de estagiário e alguns trocados que surgiam de vez em quando (minha mãe fazendo quentinhas e meu pai alguns freelas). Porém, no mesmo mês da tragédia, recebi uma das melhores notícias do ano: minha efetivação. Não era mais um estagiário! Assumi o cargo de assistente de comunicação e mais responsabilidades (e um aumento significativo, é claro). Vale lembrar que essa conquista (por mais que, modéstia à parte, tenha sido merecida, só foi possível graças a minha amiga e supervisora Maíra, que lutou por mim).

Em paralelo a isso, meu irmão mais novo lutava (essa luta ainda continua) contra um problema de saúde sério, porém sem riscos de morte (o que não torna essa luta mais branda). Não vou entrar em detalhes desse assunto porque não vem ao caso.

Uma vez efetivado achei que as coisas fossem melhorar um pouco, porém a mensalidade da faculdade sofreu mais um reajuste e passou a consumir quase metade do meu salário, me impedindo de dar uma força maior nas contas da minha família. Foi aí que o segundo anjo da guarda entrou em ação. Minha tia Miriam, mais conhecida como 'Mizinha' se ofereceu para pagar minha faculdade integralmente, já que era meu último semestre.

Bom, último semestre é sinônimo de ralação. Monografia bombando, contas bombando (meus pais e meu irmão continuam desempregados), trabalho bombando e eu ali, tendo que lidar com todas essas coisas ao mesmo tempo. Bom, como nunca fui de ficar parado chorando problemas, arregacei as mangas e parti para a briga. Apenhei muito! Mas, ao estilo Rock Balboa, me levantei da lona e parti pra dentro. Como diz a música: eu dei porrada a três por quatro e nem me despenteei. Tirei 9 na monografia e hoje posso me auto-intitular JORNALISTA (que merda, hein... hehehehe).

Bom, é isso. Quero agradecer a todos que me ajudaram a tornar meus sonhos possíveis apesar de todas as dificuldades. Vou deixar também três frases que marcaram meu ano:

Passarinho na gaiola não canta, mas um bom passarinho bate a poeira e levanta.

Capoeira que é bom não cai e se um dia ele cai, cai bem.

You may say I'm a deamer. But I'm not the only one.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Sugestão

Seguindo a mesma linha do meu post anterior, hoje vou dar mais uma sugestão de leitura "pós eleições". Inconformada com o comodismo que toma conta de grande parte das pessoas quando o assunto é buscar informações confiáveis para formar uma opinião, a minha amiga Maíra Palha escreveu um texto super legal e colocou à disposição de todos uma lista de links onde podem ser encontrados textos de qualidade, que mostram a visão de diversos tipos de comunicadores sobre os assuntos do nosso cotidiano.

Aproveitem e boa leitura!

http://misturacriativa.blogspot.com/2010/11/fontes-de-informacao-que-precisam-estar.html

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Muito apropriado para esse momento pós eleições

Música "Fique Sabendo" da banda Meia dúzia de 3 ou 4, que conheci no MOLA 2009.

Você não sabe o que aconteceu!
O quê?
Não sei
Nem eu
Então...
Fique sabendo
Sua dor de cabeça não passa de estresse
Por essa eleição
Viagra subindo, a bolsa caindo
E a Sasha sorrindo
Fique sabendo
Que as pregas do ébrio são de domínio da população
Se o cão passa a língua e o bêbado a míngua
A Sasha tá linda
Fique sabendo
Tem gente roubando
Trocando partido a troco de pão
Se um não tá contente
É ferro na gente
E a Sasha nem sente
Fique sabendo
Tem gente mentindo
Fingindo que a crise é só no Japão
Nos dão um pé da bota
E o outro na volta
E a Sasha nem vota
Hilário, hilário êêê
Ilari, ilari, ilariêêê
Fique sabendo
Que as pregas do ébrio são de domínio da população
No que estoura um prédio lá no Oriente Médio
E a Sasha num tédio
Hilário, Hillary (uuuuuuuuh!)
Ilari, Ilari, Ilariêéê...

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Só não temos um planeta sustentável porque não queremos

Toda hora vejo grandes exemplos de soluções criativas de como gerar energia de forma sustentável. Os avanços tecnológicos, tão úteis para nossa vida custam muito caro para o meio ambiente, porém, com esse "boom" de responsabilidade ambiental que tomou conta da cabeça das pessoas (por quanto tempo isso vai durar, não sei) com as recentes discussões sobre o aquecimento global, os cientistas estão trabalhando duro para criar formas alternativas de bancar nosso custo energético.

Outro dia vi no blog Eco4Planet uma matéria falando de uma boate com sensores na pista que transformam a energia gereada pelo impacto dos pés das pessoas dançando em energia elétrica. Com essa solução, a casa consegue bancar 60% da energia que precisa para a boate funcionar.

Hoje, no mesmo blog, vi outro belo exemplo de como gerar energia de forma fácil e ecológicamente correta. Segue abaixo a matéria:

Cientistas coreanos descobriram uma forma de transformar as conversas de celulares em fontes de energia

Já imaginou se todas as incontáveis conversas de celulares se transformassem em fontes de energia? Cientistas coreanos imaginaram e, melhor que isso, conseguiram transformar o principal ingrediente da loção de Calamina (creme feito de carbonato de Zinco, comum para aliviar coceiras) em um pequeno material que converte as ondas sonoras em eletricidade.

A pesquisa conseguiu criar um painel que carrega o celular por meio das conversas ou pode prover energia através de ruídos gerados durante o horário de pico de ligações.

“Assim como alto-falantes transformam sinais elétricos em som, o processo inverso também é possível.”, explicam Young Jun Park e Sang-Woo Kim, autores de um artigo sobre o projeto, veiculado no jornal Advanced Materials.

Uma conversa no celular gera de 60 a 70 decibéis, o que resulta em 50 milivolts de correntes elétricas. A média para um celular funcionar é acima disso, mas os coreanos continuam o seu trabalho e esperam obter uma potência maior de energia. Segundo os cientistas, o que torna esta pesquisa importante é o fato de ela provar que esse conceito de fonte de energia é possível e pode dar resultados excelentes.

Via Olhar Digital

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Promoção do abraço!

Estou testando uma ferramenta de promoções no Twitter. Então, resolvi fazer um sorteio entre as pessoas que retuitarem a mensagem deste post.

VALE UM ABRAÇO!!!

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Uma homenagem ao meu querido e amado Botafogo

Apesar de gostar muito de escrever e expressar meus sentimentos por meio de palavras, não me sinto apto a prestar uma justa homenagem a tudo que o Botafogo de Futebol e Regatas representa para mim. Por isso, decidi postar um texto de recebi do glorioso camarada Lucio Amorim.

"O Botafogo é bem mais que um clube – é uma predestinação celestial. Seu símbolo é uma entidade divina. Feliz da criatura que tem por guia e emblema uma estrela. Por isso é que o Botafogo está sempre no caminho certo. O caminho da luz. Feliz do clube que tem por escudo uma invenção de Deus."(Armando Nogueira)



Texto de Mario Filho "O Clube da Capa-e-Espada" em "O Sapo de Arubinha - Os anos de sonho do futebol brasileiro" , Cia. das Letras 1994, pp. 74-77.

"O único clube rapaz é o Botafogo. Explica-se: foi o único clube que nasceu rapaz. Os outros, pelo menos, procuraram nascer homens. Já o Botafogo teve a preocupação de ser o oposto do Fluminense, que era o homem-feito. O Fluminense foi um clube que não nasceu assim , de um repente. Com o time formado, com tudo o que seria ele, demorou um ano. Surgiu depois de muito estudado, de muito pensado. O Botafogo, pelo contrário, só precisou de uma apresentação ao Fluminense para virar clube. É um detalhe que não deve ser esquecido por quem tentar compreender o Botafogo. Os rapazes que não pensavam em formar clube algum foram levados ao campo do Fluminense para serem do Fluminense. Diante do Fluminense, eles se sentiram, logo e logo, Botafogo.

Não se tratava só dos bigodes dos jogadores do Fluminense. O Fluminense também tinha bigodes. Havia, entre os rapazes do Colégio Abílio e o Fluminense, uma distância de idade. Essa idade não se contava apenas pelos anos do Fluminense, dois, ou dos jogadores do Fluminense, alguns ainda rapazes. Era a concepção da vida, vamos dizer. Os rapazes do Fluminense tratavam logo de se adaptar, de usar bigodes imaginários. Os rapazes do Botafogo queriam também ser homens, mas continuando rapazes. Daí se sentirem quase imberbes diante dos homens-feitos do Fluminense. A reação deles, forte, e renovada sempre pela rivalidade que foi a primeira do futebol carioca, tornou-os mais rapazes ainda, marcou-os eternamente rapazes.

Pouco importava que um Flávio Ramos, com dezessete anos e o primeiro Presidente do Botafogo, se sentisse rapaz demais para ser presidente do mesmo Botafogo. O homem-feito, procurado e encontrado, que foi ser Presidente do Botafogo, não mudou o que já era imutável. Ser do Botafogo era ser rapaz. A gente vê velhos Botafoguenses, curvados pelos anos, e até estranha um pouco. Serão ainda Botafoguenses? Mexam com o Botafogo e verão. Os velhos endireitam logo a espinha, estufam o peito, reacendem a chama do olhar e estão prontos. E não é difícil mexer com o Botafogo. Não há clube de mais sensibilidade à flor da pele, com mais orgulho de Grande de Espanha que o Botafogo. Eis porque ele está sempre disposto a topar paradas, a se meter em encrencas, a arriscar até a própria vida por uma coisinha.

Nada que o atinja e mesmo que não o atinja, mas que ele julgue que foi para atingi-lo, é coisinha para ele. Ele devia ter nascido em outra época. É a única flor retardatária de capa-e-espada que surgiu depois dos 1900. Trata-se mais de um gascão, de um D'Artagnan, sempre pronto a desembainhar a espada. Ouve muito mais a voz do coração do que a da cabeça. Qual era o clube capaz de largar uma Liga, sem outra Liga para ir, por causa da suspensão de um jogador? Aconteceu isso em 1911, justamente no ano em que o Fluminense preferiu perder um time a deixar de ser o que era, isto é, o Fluminense (NR: O autor se refere à cisão tricolor que resultou no início do futebol no Flamengo). O Botafogo fez o contrário, para continuar mais Botafogo do que nunca.

O que o Fluminense fez, só o Fluminense faria. Mas também só o Botafogo arriscaria tudo por um jogador. Não se tratava da falta que esse jogador poderia fazer ao time, embora ele se chamasse Abelardo De Lamare. E aí temos uma amostra do d'artagnanismo do Botafogo. Um por todos e todos por um. Abelardo De Lamare era um deles, era eles também, era o Botafogo. Eles não se separavam, não se distinguiam, fundindo-se no Botafogo. Assim o bofetão de Abelardo De Lamare em Gabriel de Carvalho (NR: Botafogo 1 x 1 América, em 25/06/1911, no antigo campo de Voluntários da Pátria) não foi o bofetão de um jogador noutro jogador. Foi o bofetão de um clube. Todos assumiram a mesma responsabilidade e se recusaram a aceitar a punição de um só. O Campeão de 1910 abandonou o campeonato e ficou um ano jogando na pedreira.

E aquele gesto, que seria de indisciplina, serviu para mostrar um dos mais belos traços do Botafogo. Saindo da Liga o Botafogo podia perder todos os jogadores. Era o time Campeão de 1910, justamente o que tinha realizado uma revolução no futebol carioca. Até 1910, os jogadores usavam bigodes. Mesmo os jogadores sem bigodes eram como se os tivessem. O Botafogo foi campeão com um time rapaz, com um time que tinha vindo do Botafogo mirim, o Carioca, viveiro do "Glorioso". E aí os outros clubes trataram de fazer o mesmo. O futebol que, para se dar ao respeito, tinha de nascer homem-feito, já podia dar-se ao luxo de ser jovem, de ser rapaz. E esta foi uma obra do Botafogo.

Qual era o clube que não quereria os jogadores do Botafogo? O Botafogo, porém, não perdeu um jogador. Todos ficaram juntos jogando na pedreira, que era um campo do Morro da Viúva. Era o que se chamava de um campeonato de Liga barbante. Os jornais não tomavam conhecimento dele. Assim, os jogos se realizavam, por assim dizer, anonimamente. E lá estavam os craques Campeões de 1910, o Glorioso em carne e osso, jogando com os clubes da pedreira como se esse fossem Fluminenses. Com o mesmo entusiasmo, com a dedicação, com o mesmo Botafoguismo, palavra que significa o mesmo que quixotismo. Eram uns Dom-Quixotes os jogadores do Botafogo.

Ou eram simplesmente rapazes. Continuavam a ser rapazes, levados pelos impulsos generosos da mocidade. Cometiam erros: no erro e no acerto tinham o mesmo élan. Podiam reconhecer o erro, mas não voltavam atrás. Era o tal orgulho de Grande de Espanha, idêntico na riqueza e na pobreza. Como saíra sozinho de uma Liga, mais tarde seria o único a ficar com uma Liga em nome de um amadorismo que não existia. Por isso muita gente não entendeu o Botafogo. É que se queria julgar o Botafogo pelos padrões normais. Como se ele fosse um clube igual aos outros. Então o Botafogo não via que estava arriscando a própria vida?

O que decidiria qualquer outro clube a mudar de rumo tornou ainda mais irredutível o Botafogo. Para ele, era uma questão de honra e ninguém o podia demover. Ficou com trezentos sócios, e cada sócio que saía unia mais o Botafogo. É que ficavam e ficariam os verdadeiros Botafogo, os Botafogos para a vida e para a morte. Aí mesmo é que não acabavam com o Botafogo, com aquela legião de rapazes de todas as idades, alguns que tinham visto nascer o Clube, mas rapazes ainda e mais rapazes do que nunca, porque nem o rolar dos anos havia tirado deles o ardor da mocidade.

Bastaria, porém, conhecer as origens do Botafogo para compreendê-lo, admirá-lo, mesmo discordando dele. Realmente chega a comover um encontro assim com D'Artagnan no século XX. Não é possível, dirão uns, e eis o Botafogo. Ainda é um personagem de romance de capa-e-espada, com noções de honra dos velhos tempos, ofendendo-se por um nada. E se a gente quiser ir mais longe, deixar os Juizes da França e os Grandes de Espanha, pode chegar até as Cruzadas para descobrir Botafoguenses.

Noutros tempos, ele foi popular. Mas a popularidade, então, era o nome que se dava a um clube com centenas de sócios e alguns milhares de torcedores. O grande campo era o do Fluminense e lá cabiam, estourando, 5 mil pessoas. O Botafogo tem mais gente do que a gente pensa. Mas ser Botafogo é escolher um destino e dedicar-se a ele. Não se pode ser Botafogo como se é outro clube. É preciso ser de corpo e alma. E é preciso, antes de ser Botafogo, ser rapaz, mesmo velho. Ser um Dom Quixote, um D'Artagnan, um Grande de Espanha, embora sem sangue nobre e sem riqueza, um Grande de Espanha mesmo decaído e por isso mais Grande de Espanha."

sábado, 7 de agosto de 2010

Todo amor que houver nessa vida

Barão Vermelho
Composição: Cazuza / Frejat

Eu quero a sorte de um amor tranqüilo
Com sabor de fruta mordida
Nós, na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva

Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia

E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia...

Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum veneno
anti-monotonia...

E se eu achar a tua fonte escondida
Te alcanço em cheio
O mel e a ferida
E o corpo inteiro feito um furacão
Boca, nuca, mão e a tua mente, não

Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum remédio que me dê alegria...

Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia
E algum veneno anti-monotonia...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Operação Asfalto Liso

Não consigo nem contar quantas vezes já ouvi as pessoas dizendo que não vale a pena lutar pelos nossos direitos e por ações dos nossos governantes. Pois bem, uma galera daqui do Rio de Janeiro provou que existem muitas formas de chamar a atenção do governo para os problemas da cidade. A partir de um fórum na internet, um grupo de jovens criou a Operação Asfalto Liso.

O projeto surgiu de uma discussão, onde cerca de 20 pessoas conversavam sobre o grande rigor visto na Operação Lei Seca e no Choque de Ordem. Assim como grande parte da população, essa galera questionava o porque de a população não cobrar dos governantes o cumprimento de suas obrigações (como a manutenção das vias públicas) com na mesma medida.

Foi iniciada então a produção de adesivos parodiando a Operação Lei Seca, para protestar contra os buracos encontrados nas ruas. Sendo um movimento que já começou online, logo ficou claro que redes sociais (Orkut) seriam a ferramenta principal de contato entre os simpatizantes. Sua comunidade no Orkut, aliás conta hoje com mais de 6.500 membros.

O projeto vêm, desde o início, sendo contactado por parlamentares e empresários que apóiam a causa. Em novembro de 2009 foram vistos e fotografados carros da prefeitura com os dizeres "AVALIAÇÃO DE PAVIMENTO" tendo câmeras apontando para o chão - talvez fosse uma luz no fim do tunel. E era. Em fevereiro de 2010, a prefeitura do Rio de Janeiro anuncia sua OPERAÇÃO ASFALTO LISO, que de acordo com o prefeito, “foi o nome que a população escolheu”, anunciando R$ 131,5 mi que serão investidos no recapeamento das principais ruas e avenidas da cidade. Mais recentemente (na última semana de maio de 2010) foram inclusive afixados galhardetes com os dizeres OPERAÇÃO ASFALTO LISO – AQUI TEM nos respectivos locais. Prova de que o movimento ganhou força e foi bem-sucedido em suas reivindicações.

http://www.asfaltoliso.com.br/
http://twitter.com/asfaltoliso
http://asfaltoliso.tumblr.com/

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Já conhece o blog “nas capas”?

O twitter realmente é muito maneiro! Nunca fui um cara que gostasse de ficar buscando coisas aleatoriamente na internet. Talvez por isso, tenha demorado ou deixado de ver muito conteúdo legal. Agora, com o twitter, todo esse material chega até mim sem o menor esforço. Tudo o que preciso fazer é seguir pessoas ou canais de comunicação que forneçam conteúdo nas áreas que me interessam. Hoje, o @comunicadores postou no twitter uma dica muito maneira de um blog só com capas de revistas (http://nascapas.blogspot.com/).




Como estudante de jornalismo (prestes a mudar de status hahahaha), gosto muito de observar as capas de jornais e revistas. Acho legal analisar as diversas formas como os veículos usam a criatividade (muitas vezes o sensacionalismo) para atrair a atenção dos transeuntes para a sua publicação. Não é o assinante que eles querem agradar, é aquele sujeito que passa pela banca de jornal e fica observando a vitrine e lendo as principais matérias do dia nos jornais pendurados.

Tá dada a dica! Agora é só curtir algumas das capas mais bem feitas e criativas.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Promessas de políticos

Esses dias um camarada do trabalho, Lucio Amorim, me mostrou um blog muito interessante e útil. Como sabemos, o brasileiro tem memória curta, ainda mais quando o assunto é política. Sendo assim, nada melhor do que deixar registrado tudo o que os candidatos prometem durante a campanha.

Pensando nisso, os estudantes de publicidade João Pedro Rosa e Phelipe Ribeiro e o administrador de empresas William Grillo fizeram o blog “Promessas de Políticos”, que expõe tudo aquilo que é prometido, planejado, proposto ou pensado pelos candidatos, relacionados a ações de governo e que podem virar um arquivo de cobrança nos quatro anos de cargo.


É bom deixar claro que, o objetivo deles não fazer campanha para um ou outro candidato. Segundo o blog, o objetivo do blog é lutar pela responsabilidade no discurso eleitoral. As notícias postadas no site tem origem nos mais variados veículos de comunicação, que são garimpados pela equipe do blog e pelos visitantes, que podem colaborar enviando conteúdo.

Fica aí a dica: http://www.promessasdepoliticos.com.br/

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Quanta contradição... quanto desperdício de papel...

Fico impressionado com certas coisas. Enquanto o governo, de um lado, institui a Nota Fiscal eletrônica usando como argumento, entre outros, a diminuição do consumo de papel, do outro lado implanta a Portaria 1.510, do Ministério do Trabalho e Emprego, que determina como deve funcionar os registradores eletrônicos de ponto (os relógios de ponto), colocando como uma das normas a impressão de comprovantes a cada marcação do funcionário.


O objetivo do MTE, em tese, é nobre e plenamente compreensível, já que muitas empresas do país deixam de pagar o que é de direito dos funcionários. Com o ponto eletrônico, o governo pretende melhorar o controle da fiscalização e evitar fraudes contra os trabalhadores.

Porém, imaginem a quantidade de papel que precisaremos guardar ao longo do tempo. Se, cada vez que fizermos alguma marcação de ponto, guardarmos um comprovante em papel, teremos um bolo enorme no final do mês. 4 comprovantes por dia: chegada, almoço, retorno do almoço e saída. Se considerarmos que temos aproximadamente 20 dias úteis por mês, temos cerca de 80 comprovantes no período. Ou seja, no final de um ano guardaremos aproximadamente 960 comprovantes.

Agora vamos pensar em uma empresa de 150 funcionários. Em um ano, serão 144.000!!! É MUITO PAPEL!! Deve haver uma maneira mais ecológica de se melhorar a fiscalização. Concordo plenamente com o fato de que o trabalhador deve ser protegido contra fraudes no controle da jornada de trabalho, mas as árvores e o meio ambiente não têm nada a ver com isso.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Tenha plantas em casa

Quem me conhece pessoalmente sabe que eu adoro plantas. Sempre que posso, trago mais uma para casa. Além de deixar a casa mais bonita, as plantas trazem uma energia diferente para as nossas “tocas de concreto”. Acho muito maneiro esses prédios que se preocupam em deixar o ambiente o mais verde possível (cobrindo os muros ao redor com trepadeiras, por exemplo).

Li uma matéria muito boa no site Eco Desenvolvimento, mostrando diversas espécies de plantas boas para se ter dentro de casa e a forma ideal de cuidar delas. O legal da matéria é que ela apresenta plantas que consomem grande parte dos gases nocivos ao meio ambiente (mesmo não sendo uma árvore adulta e frondosa faz diferença, se pensarmos no ar interno da casa).

Babosa (Aloe vera): Absorve o formaldeído. Mantenha-a na sombra e espere a superfície do solo secar antes da próxima rega. Propaga-se a partir de rebentos que nascem na base da planta-mãe.

Clorófito (Chlorophytum): Absorve o monóxido de carbono. Por isso, mantenha-o próximo a uma janela, já que gosta de luz solar direta, e conserve o solo sempre úmido. O clorófito produz pequenas mudas, que devem ser reenvasadas.

Crisântemo (Chrysanthemu morifolium): Absorve o benzeno. A reprodução pode ser feita tanto por divisão de touceiras quanto por sementes. Regue-o com freqüência, mas sem encharcar o solo. Conserve o vaso próximo a uma janela.

Espada-de-São-Jorge (Sansevieria): Absorve o formaldeído. É típica planta de interior, pois sobrevive em ambientes com pouca sombra e pouca rega. A propagação é por estacas de folhas.

Filiodendro (Philodendron oxycardyun): Absorve benzeno e monóxido de carbono. Regue-o sempre antes de a terra secar completamente e deixe-o à meia sombra. Gosta também de vasos só com água. Propaga-se por estacas de galho.

Gérbera (Gerbera jamensonii): Absorve benzeno. Dentro de casa só permite a utilização como flor de corte e pode durar até 15 dias.

Jibóia (Scindapsus piclus argymeus): Absorve o formaldeído. Cultive-a na água ou na terra.

Lírio-amarelo (Hemerocallis flava): Absorve o monóxido de carbono. Como necessita de bastante luz, o ideal é cultivá-lo numa jardineira ou próximo à janela. Mantenha o vaso sempre úmido. Propaga-se por divisão de touceiras.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Noite na Lapa: variedade e oportunidade para todos

Famosa por ser o reduto da malandragem e da boemia carioca, o bairro da Lapa é hoje o principal ponto de encontro para pessoas de todas as idades, classes sociais e gostos. Com um leque de opções que abriga desde funkeiros a artistas plásticos, a noite da Lapa está sempre lotada e muito animada.


É possível ver e ouvir, nas centenas de sobrados espalhados pelo bairro, milhares de pessoas bebendo e se divertindo com os diversos programas que o local proporciona. A rua Joaquim Silva é um show à parte, com centenas de pessoas aglomeradas nos diversos bares ao longo da rua. É uma verdadeira “Torre de Babel” de estilos. Roqueiros, funkeiros, sambistas, forrozeiros, rastafaris, hippies e outras tribos convivem, quase sempre, de forma harmoniosa e curtem juntos (muito juntos) a grande mistura de sons dali. A arquitetura antiga, característica da Lapa, traz ainda mais charme e simpatia para a noite. Segundo o analista de sistemas Rafael Laranjeiro, de 34 anos e frequentador da Lapa, essa mistura representa a liberdade de expressão e permite que todos se sintam à vontade no bairro.

“A diversidade de ‘baladas’ na Lapa leva ao encontro de todas as tribos em um mesmo local. Nesse ambiente amistoso onde todos se encontram, a grande vantagem é que cada um pode ser o que realmente é. Sem se preocupar em representar um papel para a sociedade. Em resumo, a importância é a liberdade das pessoas de se expressar”, conta Rafael.

Rafael ainda ressalta, que é difícil encontrar, em outras cidades, uma gama tão diversificada de estilos em um mesmo lugar. “A Lapa concentra a maior diversidade cultural do Rio. Em São Paulo, acredito que haja uma diversidade igual ou até maior, mas não centralizada em um único bairro”, afirma.

Mas nem todos são partidários do grande “boom” de eventos que tem caracterizado a Lapa. A jornalista Maíra Palha, de 26 anos, alerta para a falta de estrutura do bairro. “Sou muito a favor da diversidade, mas acabou ficando pouco espaço para tanta gente. A Lapa não possui estrutura para abrigar alguns mega eventos que ocorrem lá”, conta. Mesmo assim, Maíra não deixa de frequentar o local, porém prefere ser objetiva quando escolhe seu programa. “Gosto dos shows no Circo Voador, na Fundição Progresso, Democráticos, Estrela da Lapa e Carioca da Gema. Almoçar no A Capela é outra ótima pedida”. O alto número de frequentadores também tem uma função social muito importante. Segundo o jornalista Rodrigo Abreu, a diversidade estampada nas ruas da Lapa traz consigo um sentimento de respeito e amizade, que deve ser copiado por toda a sociedade. “Onde você une tantas tribos em harmonia? Até a praia hoje em dia é setorizada. O mais importante da diversidade é a quebra de preconceitos. Rastas, funkeiros, playboys, patricinhas, mendigos, prostitutas, gays e héteros andam lado a lado, se respeitam e convivem bem uns com os outros. Isso cria a consciência no ser humano que as diferenças devem ser respeitadas e que cada um pode ser feliz da forma como desejar”, analisa.

Além de um grande ponto de encontro de tribos, a Lapa caracteriza-se como um excelente berço para novos artistas, dos mais variados segmentos. Muitas bandas têm seu trabalho conhecido pelo público através dos festivais de música que acontecem todos os anos no bairro. Além disso, a grande variedade de casas de festa proporciona aos músicos um leque de oportunidades enorme. Segundo a cantora e compositora Livia Valpassos, vocalista da banda de pop rock Case, a variedade de locais para tocar e os baixos preços permitem que todos possam mostrar seus trabalhos. “A noite na Lapa é uma excelente oportunidade para os novos artistas se apresentarem. Por lá, toca de tudo: forró, samba, rock, pop, mpb. Tudo! E sempre tem espaço para bandas independentes, com um preço acessível para os amigos”, conta.

Livia, que já se apresentou no Teatro Odisséia, afirma ainda, que variedade de estilos, característica da Lapa, é um ponto muito importante para a evolução dos movimentos artísticos. “Para nós, músicos, independente do estilo musical, o importante é apreciar uma música de qualidade. E quanto mais diversidade, melhor. Ritmos como funk e soul nasceram de misturas de estilo. É assim que surgem novas tendências”, analisa a cantora.

E não só os músicos que se beneficiam da Lapa para divulgar seus trabalhos. Para os artistas plásticos o bairro proporciona uma gama enorme de centros culturais, galerias e eventos voltados para o tema. Pintores, grafiteiros, fotógrafos, cineastas, todos têm espaço garantido. Um dos eventos mais famosos e que reúne o maior número de artistas é a Mostra Livre de Arte (MOLA), que acontece todos os anos no Circo Voador. Em um único dia, as pessoas que vão ao evento contam com diversas instalações artísticas, projeções e exposições de fotografia, exibição de curtas, shows de bandas independentes, esquetes teatrais e apresentações de dança. O evento dura uma semana, o que permite uma oportunidade para um maior número de artistas. A mostra acontece desde 2005 e já recebeu artistas de todos os estilos e estados. Por lá já passaram diversos nomes do cenário independente como Maurício Baia, Orquestra Voadora, Canastra, Coquetel Acapulco, Orquestra Brasileira de Música Jamaicana entre outros.

Iniciando sua carreira no mundo da arte, a fotógrafa Ivy Peçanha vê a Lapa não só como um local para expor, mas também para trocar ideias e experiências artísticas. “Participei da Mostra Livre de Artes (MOLA, no Circo Voador) por dois anos (2006 e 2009) e da Bienal de Arte e Cultura da UEE (em 2008). Todos com fotografias ou projeções fotográficas. A Lapa fez surgir em mim a coragem de ir expondo o meu trabalho em outros lugares, já que eu percebia um bom entendimento por parte das pessoas. As vezes a gente se pergunta se o nosso objetivo com uma determinada série ficou claro, e é nessas situações que se tem uma resposta. Para mim, isso é muito importante, já que eu não faço parte dos artistas que gostam de ‘conversar sozinho’”.

Com tudo isso, não é de se admirar que a Lapa seja o maior ponto de encontro e entretenimento do Rio de Janeiro. Um lugar especial para moradores e visitantes da cidade. Quem passar por lá presenciará história, arte, música e muito lazer.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Pesadelo em um dia de outono

Terça-feira, 6h30 da manhã acordo. Tudo escuro no quarto, meu irmão mais novo dormindo pesado e eu preocupado em entregar um importante trabalho na faculdade. Não liguei a televisão para não incomodar meu irmão assim como também não abri a janela do quarto. Apenas tomei um café da manhã reforçado e fui tomar um banho. Quando estava saindo, recebi uma ligação de uma colega do trabalho que mora em Niterói me avisando que não conseguiria chegar cedo ao trabalho pelo fato de a ponte estar fechada e as barcas sem funcionamento devido às fortes chuvas.


Intrigado, fui até a janela e percebi que o tempo realmente estava feio. Mesmo assim, resolvi sair de casa e ir para a faculdade – aquele trabalho realmente era muito importante e deveria ser entregue. Quando chego no bairro da Lagoa, onde estudo, tive que enfrentar água na canela e, quando enfim consigo chegar na porta da faculdade (já arrependido de ter saído de casa), encontro-a trancada e pergunto ao segurança o que aconteceu. Muito indignado com a pergunta, ele me responde: “O que você está fazendo aqui?! A cidade está um caos! Pessoas estão morrendo! Volte para casa”. Não sabia que a cidade estava totalmente parada. Mesmo assim decidi ir ao trabalho. Peguei o metrô e após 40 minutos parado em uma estação (o vagão estava lotado, claro) por conta de problemas, conseguir seguir viagem e chegar no trabalho (com a calça molhada até o joelho).

Ao chegar, percebi que era o único do meu departamento que estava no trabalho. Comecei a ligar para os meus colegas e para a minha gerente. Após inúmeras ligações, decidimos que era melhor voltar para casa e executar minhas tarefas de casa (estava claro que era o melhor a se fazer e que meu retorno não me traria penalidades na empresa). Assim foi feito, voltei para casa e, de lá, cumpri TODAS as minhas tarefas e ainda me coloquei a disposição para ajudar no que fosse preciso para que todos do departamento pudessem concluir as suas.

Na quarta-feira, ao chegar no trabalho, só se falava do caos do dia anterior. Todos contando suas aventuras, alguns contando histórias tristes de casas de amigos que tiveram de ser interditadas... Enfim, o assunto não poderia ser outro. Todos tinham a certeza de que a empresa entendia o caos da cidade e ninguém estava preocupado em ser descontado – até porque nossa empresa exibe com orgulho o selo “Great Place to Work”.

Doce ilusão! Nossa expectativa foi totalmente frustrada quando nossa gerente nos comunicou que não haveria abono nas faltas. Bem, gostaria de compartilhar com vocês minha indignação. É, no mínimo, hipocrisia da parte da empresa exibir um selo de “Melhores Empresas para se Trabalhar” e ter uma atitude como essa.

Enfim, só me resta lamentar e pagar as horas devidas...